Formigas: Curiosidades sobre este pequeno inseto
As formigas são um dos insetos mais comuns, estão por quase todo o lado e como não têm asas, são mais fáceis de observar e de capturar. Podemos observá-las um pouco por todo o lado mas há muitas curiosidades sobre estes pequenos insetos que desconhecemos!
Em Portugal existe registo de 139 espécies nativas de formigas. Para além dessas, existem ainda 24 espécies exóticas, incluindo pelo menos uma que se tornou invasora – a formiga-argentina -, especifica Roberto Keller, investigador no Museu Nacional de História Natural e da Ciência em entrevista à Wilder.
As formigas pertencem à Ordem Hymenoptera onde se incluem também as abelhas e as vespas. O nome é derivado do grego (hymen = membrana; ptera = asas), porque as espécies deste grupo apresentam dois pares de asas membranosas, sendo que as asas anteriores são maiores do que as posteriores. Alguns grupos, como as formigas operárias e as vespas da família Mutilidae, perderam secundariamente as asas.
Estes pequenos seres são insetos sociais, tal como as abelhas e as térmitas, ou seja organizam-se por classes. Cada classe tem indivíduos que se especializam em tarefas específicas como a classe dos operários que se dedicam a recolher alimento para a colónia e cuidam da rainha. Para além disto, têm um papel muito importante no que diz respeito ao ecossistema. Ajudam a dispersar sementes, arejar os solos e assumem também o papel de predadores e presas de muitos outros animais.
A formiga-argentina e a formiga das calçadas são duas das espécies mais comuns em Portugal. Segundo uma nota da Universidade Nova, a primeira é uma formiga bastante agressiva para as presas e competidores. É pequena e alongada, com cerca de três milímetros de comprimento (obreiras e machos) e cinco milímetros (rainhas). As cores variam entre o castanho-amarelado e o castanho-escuro e na época da reprodução, as rainhas e os machos possuem asas, que as rainhas perdem depois do acasalamento.
Já a formiga das calçadas é relativamente grande, com o corpo alongado, preto, rugoso e coberto por pêlos brancos. O tórax possui um par de espinhos curtos”, descreve um texto publicado pela Universidade Nova. É uma espécie comum de observar em ambientes urbanos e rurais, e que podemos encontrar em muitos dos jardins portugueses, destaca o investigador Roberto Keller.